No dia 07 de julho, a vereadora fez uma visita na creche que funciona
na Escola Passinho Inicial. Na ocasião, conversou com professoras,
auxiliares e funcionários. Entre as conversas, professoras teriam
questionado mudanças na alimentação e que elas não concordavam com isso.
Na sessão da Câmara de Vereadores da semana seguinte, a vereadora
Marli solicitou ao secretário municipal da educação, Cleodi Fabrin,
explicação sobre essas possíveis mudanças. Em resposta, datada do dia 28
de julho, ele disse que “a unidade escolar recebe
acompanhamento da nutricionista Caroline Menezes de Gregori. Que desde o
mês de junho foram introduzidas mudanças para atender as necessidades
dos alunos”. Segundo a secretaria, no mesmo ofício, as
merendeiras e a direção, e os vereadores Luiz Henrique da Silva e
Jhonatan Spricigo, que estiveram no local alguns dias depois verificando
os fatos, confirmaram que nunca houve falta de alimentos e que fora
introduzido um novo cardápio. O ofício nº 278/2017/SMEE finaliza
afirmando que a vereadora Marli “nunca se fez presente no educandário e nem se manifestou com a direção neste dia que ela afirma ter estado na escola”.
Na sessão do dia 1º de agosto, a vereadora Marli contestou o ofício
da SMEE e voltou a reafirmar que esteve na escola no período vespertino.
Para dirimir as dúvidas, ela solicitou as imagens audiovisuais da
escola deste dia 7 de julho.
Em resposta a vereadora, datada no dia 16 de agosto, mas lida e
entregue para ela no dia 22 de agosto, durante a sessão da Câmara, a
diretora do educandário, Janete A. P. Melo, informou a vereadora que
conforme o PPP – Projeto Político Pedagógico da Escola, aprovado pela
comunidade escolar em 2016, no seu art. 5, “que nenhuma
gravação do sistema de monitoramento pode se tornar pública, exceto por
vias judiciais, preservando o direito de acordo com a legislação
vigente.”
Em entrevista ao Comunidade, a vereadora Marli se mostrou indignada com as respostas recebidas. “Eu
pedi apenas uma explicação sobre a merenda, sou vereadora e é meu papel
fazer essa cobrança. Estive lá e conversei com várias pessoas. Pedi
explicações ao secretário porque ele é autoridade competente para o
questionamento. Porém, mentiram que eu não estava lá e isso é grave.
Vamos ver quem está mentindo depois que tivermos as filmagens”,
relatou a vereadora. Ela disse que já está tomando as providências e
vai ingressar com medida judicial para provar que esteve lá.
“Já acionei meu advogado e pretendemos requisitar essas imagens. Só
espero que eles tenham guardado e depois não deem desculpas
esfarrapadas. Também já fiz contatos com as pessoas que conversei, que
podem ser minhas testemunhas se esse caso não se resolver por aqui. Eu
tinha pedido apenas uma explicação sobre a merenda, não sei porque
complicam tanto. Sou uma autoridade e é meu dever e direito saber o que
se passa na esfera pública do município de Piratuba”, finalizou
Fonte: Geferson Schreiner – Jornal Comunidade
