O Ministério Público de Santa Catarina recorreu da sentença que condenou Cláudia Fernanda Tavares a 20 anos e 24 dias de prisão por matar e congelar o corpo do marido da época, Valdemir Hoeckler, ocorrido em novembro de 2022, em Lacerdópolis. O recurso foi interposto pela 5ª Promotoria de Justiça de Concórdia, representada pelo promotor de Justiça Rafael Baltazar Gomes dos Santos, que busca o aumento da pena.
Cláudia foi denunciada pelo Ministério Público por homicídio duplamente qualificado, com as qualificadoras de uso de meio que dificultou a defesa de Valdemir e ocultação de cadáver. Durante o julgamento realizado pelo Tribunal do Júri de Capinzal, os jurados acolheram integralmente a tese do Ministério Público e condenaram a acusada. Apesar da condenação, a Promotoria de Justiça considera que a pena aplicada não reflete adequadamente a gravidade do crime.
“Fiz o recurso para aumentar a pena de Cláudia. Agora, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina vai decidir os recursos”, declarou o promotor Rafael Baltazar Gomes dos Santos em entrevista à Rádio Rural de Concórdia.
Conforme Santos, a revisão da pena visa garantir uma punição proporcional à natureza cruel do homicídio. Segundo ele, o valor exato da pena a ser pleiteada ainda será definido nas próximas semanas, após análise técnica da sentença e das circunstâncias do caso.
Com o recurso, o processo segue agora para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, que analisará se a pena será mantida ou aumentada. Enquanto aguarda a decisão, Cláudia Tavares permanece presa, cumprindo a pena em regime inicial fechado.
O Ministério Público reforça que a atuação busca assegurar justiça plena, levando em consideração todas as nuances do crime cometido. A expectativa é de que o TJSC analise o caso nos próximos meses.
Rádio Rural
