O Ministério Público ofereceu denúncia contra o homem de 39 anos suspeito de matar a companheira Lorimar Lutkemeier de 59 anos. O documento foi enviado na terça-feira, dia 07, ao Poder Judiciário. O crime ocorreu no dia 12 de fevereiro deste ano, em Ipira. O homem segue preso no Presídio Regional de Joaçaba.
Homicídio qualificado
Conforme a denúncia do Ministério Público, em data e horário impreciso, mas provavelmente no final da tarde do dia 12 de fevereiro, A.V.M., matou sua companheira com asfixia. O fato aconteceu na residência localizada na Rua 15 de Agosto, em Ipira.
Após desentendimentos ocorridos entre o casal durante o dia dos fatos, o denunciado desferiu um tapa em Lorimar e na sequência segurou-a pelo pescoço com as próprias mãos até a morte dela por asfixia. O crime foi motivado por interesse patrimonial, fato que caracteriza o motivo torpe.
A.V.M., utilizava-se do patrimônio de Lorimar para seu proveito próprio, como, por exemplo, emprestando dinheiro em espécie com o intuito de efetuar pagamentos pessoais, despesas com divórcio, com transporte e outros, a conduta originou diversas dívidas no nome. Ele tinha acesso ao veículo, senhas do celular e do cartão bancário da mulher. Após o crime, o denunciado se apropriou do smartphone dela e realizou a compra de bebidas alcoólicas e drogas com PIX. Eles conviveram em união estável por um período entre cinco e sete meses.
Ocultação de cadáver
Conforme a denúncia do Ministério Público, no dia 14 de fevereiro, por volta das 21h, A.V.M., destruiu e ocultou o cadáver de Lorimar Lutkemeier, em Piratuba.
Após cometer o homicídio no dia 12 de fevereiro de 2023, o denunciado manteve o corpo de Lorimar na residência de ambos por aproximadamente dois dias. Com o objetivo de destruir os vestígios e ocultar o cadáver, enrolou-o em uma coberta, levando-o até um local ermo e distante, nas margens do Rio Uruguai, em Piratuba.
A.V.M., transportou o corpo com o Fiat/Palio de propriedade de Lorimar até o antigo acesso de um porto que era utilizado na época da construção da Usina Hidrelétrica de Machadinho, situada nas proximidades. Ele queimou o cadáver por aproximadamente 03h, utilizando da lenha que lá havia. Após queimar, jogou uma parte dos ossos no leito do rio e o restante deixou no local.
Conforme o Ministério Público, A.V.M., praticou as infrações penais nos artigos de destruir, subtrair ou ocultar cadáver ou parte dele e do homicídio qualificado nos incisos de meio fútil, com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum e contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, o feminicídio.
Relembre o caso
Polícia investiga suposto feminicídio em Ipira;
Polícia Militar divulga mais informações sobre o suposto feminicídio em Ipira;
Suspeito de feminicídio em Ipira aponta local onde os restos mortais da mulher foram deixados;
Mulher morta pelo companheiro em Ipira já havia sido condenada por matar marido no ano de 2010;
Suspeito pelo feminicídio em Ipira é preso pela polícia;
Homem que matou mulher em Ipira alega legítima defesa;
Polícia Civil conclui inquérito do feminicídio em Ipira.
Bernardo Souza















