O Agosto Lilás é marcado pelo mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres. Para a prevenção dos crimes contra elas, a Polícia Militar conta com a Rede Catarina. Para saber mais sobre as ações desempenhadas pelo órgão e para ajudar alguma mulher que esteja sofrendo violência doméstica e queira entrar no programa, o Portal Magronada entrou em contato com a responsável pela Rede Catarina na área da 2ª Companhia da Polícia Militar de Capinzal, cabo Djwlly Kanaã Morosini.
Segundo a militar, a Rede Catarina de Proteção à Mulher é um programa institucional da Polícia Militar de Santa Catarina direcionado à prevenção dos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, buscando conferir maior efetividade e celeridade às ações de proteção à mulher. “A 2ª Companhia, que compreende os municípios de Capinzal, Ouro, Lacerdópolis, Zortéa, Piratuba e Ipira, possui o programa Rede Catarina. No entanto, não possui a Patrulha Maria da Penha, que é específica para realizar essas atividades. Assim, essas funções são desempenhadas por policiais que já têm outras atribuições”, explica.
Para a inclusão na Rede Catarina, Morosini explica que a mulher precisa estar com uma medida protetiva ativa, determinada pela Justiça. “Quando a solicitante deseja ingressar no programa e não possui a medida em seu favor, ela será acolhida e orientada a procurar a Delegacia de Polícia Civil, o Ministério Público, o Poder Judiciário ou a registrar um boletim online para solicitar a medida”.
“É importante esclarecer que a Polícia Militar atua em conjunto com outros órgãos e que as visitas às vítimas só podem ser feitas após o recebimento da medida protetiva do Poder Judiciário. E para que a Justiça atue, é necessário que a vítima denuncie”, ressalta Morosini.
Conforme a policial, a Rede Catarina realiza visitas preventivas nas residências das vítimas de violência doméstica cadastradas no programa. “Orientamos a vítima quanto à instalação e ao uso do aplicativo PMSC Cidadão e ao funcionamento do botão de pânico. Atualmente, temos em torno de 40 medidas protetivas ativas na área da 2ª Companhia de Polícia Militar, sendo que dez foram recebidas somente neste mês de agosto”, acrescenta.
“Sabemos do medo e da resistência que ainda existem em formalizar a denúncia, mas estamos em um momento em que a sociedade e os órgãos competentes estão voltados e unidos na proteção das vítimas de violência doméstica. É importante que elas se sintam seguras em denunciar, sabendo que serão acolhidas, acompanhadas e instruídas a seguir a vida não mais como vítimas, mas sim como autoras da própria felicidade”, conclui Morosini.
Bernardo Souza