De janeiro a abril de 2024, as delegacias de polícias e Polícia Militar das cidades de Ipira e Piratuba, registraram 33 ocorrências de furtos. Em Piratuba, os furtos de abril se igualaram aos de janeiro, totalizando sete em cada mês. O menor número registrado aconteceu em março, com apenas dois. Já em Ipira, os meses de fevereiro e abril tiveram três ocorrências em cada mês. Em janeiro foram quatro furtos.
Para o comandante da Polícia Militar, sargento Eziquiel da Silva, os números não são bons e são altos para a proporção de habitantes nos dois municípios. “A situação se agrava com a vinda de pessoas de outros municípios para praticar delitos pontuais aqui, com destaque exatamente para os furtos. Vários registros estão relacionados a gente que vem só com esse objetivo. O furto em uma pousada da cidade, de uma motocicleta e um veículo foram feitos por autores de outras cidades. Ainda existe a chamada cifra negra, que é quando a situação ocorre e não é registrada, e essas ficam de fora das estatísticas. Com isso, é possível afirmar que esse número pode ser ainda maior”, lamenta. “O alerta é para que os moradores permaneçam vigilantes, não descuidem de suas coisas. A situação de tranquilidade está cada vez menor e qualquer descuido pode ser determinante para que ocorram tais fatos”, alerta.
Silva lembra que a Polícia Militar tem programas para ajudar a população na questão de segurança. “A Rede de Vizinhos, por exemplo, tem a chance de funcionar muito bem, mas precisa da adesão das pessoas que devem seguir algumas regras. Quem tiver interesse em participar pode procurar a PM que fizemos as orientações”.
O responsável pela Delegacia da Polícia Civil de Piratuba, Vitor Kleiton Oliveira, disse ao Portal Magronada que os furtos acontecem em toda a extensão do município. “Muitos que ocorrem no interior sequer as vítimas sabem quando o fato ocorreu, pois deixam o local algumas vezes sem frequentar, sem contar que não tem muitos cuidados com seus bens”, alerta. “Muitos furtos foram desvendados através do auxílio de pessoas da comunidade, fornecendo imagens, informações, muitas em sigilo e até prestando depoimento na fase policial e em juízo”, ressalta. “Sem o apoio da comunidade, é quase impossível desvendar crimes e muitas vezes os policiais sabem até quem foi o autor. No entanto, é necessário provar o fato processualmente, caso contrário, não há muito o que ser feito”, destaca.
O policial lembra a importância da denúncia. “Muitos delitos de furto ocorrem e as pessoas, “para não se incomodar”, acabam não procurando os serviços de segurança em razão da sensação de impunidade. Porém, entendemos que os processos devem ser feitos e as pessoas responsabilizadas. Muitos pequenos furtos, somados, acabam acarretando até em prisão. Há vários casos no município, que, diga-se de passagem, é calmo. Basta olhar as cidades próximas e em outras regiões. Mesmo não sendo “visto”, as polícias sempre estão provando crimes de furtos e outros, e remetendo os procedimentos ao Poder Judiciário”.
Já o responsável pela Delegacia da Polícia Civil de Ipira, Alceu Miranda, destaca que os tipos de furtos são variados. “Aqui em Ipira tivemos o registro de furto de boi, cartão de banco, motosserra e roçadeira, entre outros. Na maioria deles já identificamos quem cometeu o delito”.
Bernardo Souza
