Em 16 de maio de 2022, um homem de 42 anos matou a esposa a facadas diante dos próprios filhos por não aceitar o término do relacionamento. Dezesseis meses depois, ele se sentou no banco dos réus e foi condenado a 35 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, motivo torpe e meio cruel).
A sessão do Tribunal do Júri aconteceu na sede da comarca, em Campos Novos. A acusação foi conduzida pelo Promotor de Justiça Alexandre Penzo Betti Neto. “Os jurados acolheram integralmente as teses da denúncia, e essa sentença traz um pouco de alívio aos familiares da vítima e à população de Zortéa. Nosso desejo é que crimes dessa natureza não voltem a ocorrer”, diz ele.
Segundo consta nos autos, o acusado já havia respondido, inclusive, a um processo penal por tentar matar a mesma mulher a tiros, cinco anos antes, mas o crime foi desclassificado e ele acabou sendo beneficiado por um acordo de não persecução penal.
As brigas continuaram, só que o homem se recusava a aceitar a separação, até que ele tirou a vida da esposa na presença de três dos cinco filhos. Foram 35 facadas em várias partes vitais, causando uma série de lesões. Ele foi preso em flagrante, permaneceu recolhido preventivamente até o julgamento e não poderá recorrer em liberdade. Os filhos estão sob os cuidados de familiares.
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