Carlos Antônio da Silva foi condenado a 17 anos de prisão pelo homicídio de Luiz Ricardo dos Santos. O crime aconteceu no dia 03 de janeiro de 2022, entre os Loteamentos São Pedro e Casagrande, em Capinzal. O júri popular aconteceu na manhã da última sexta-feira, dia 02, na Câmara de Vereadores de Ouro. A informação foi divulgada na quarta-feira, dia 07, pelo Ministério Público de Santa Catarina.
Conforme o Ministério Público, Luiz costumava dormir em um potreiro. Durante a noite, Carlos foi até o local e matou o homem com dois tiros na cabeça, local isolado e escuro. Ele utilizou um rifle calibre .22 acoplado com uma luneta. O motivo teria sido uma dívida por droga, ou seja, motivo torpe, aquele considerado como imoral, vergonhoso, repudiado moral e socialmente, algo desprezível.
Ainda de acordo com o Ministério Público, o rifle e a luneta foram furtados de um parente e uma arma de fogo artesanal foi produzida por ele próprio.
Um dia após do crime, a Polícia Civil foi até a casa do réu para fazer buscas preliminares e acabou prendendo-o durante uma tentativa de fuga. A arma de fogo artesanal foi encontrada na mata, com um silenciador. O rifle e a luneta, por sua vez, haviam sido enterrados nas proximidades do Rio do Peixe e foram apreendidos.
O Tribunal do Júri reconheceu os crimes de homicídio duplamente qualificado, porte irregular de arma de fogo de uso permitido e porte ilegal de acessório de uso restrito, o silenciador. A pena de Carlos foi fixada em 17 anos de reclusão em regime inicial fechado. Ele também terá que pagar R$ 50 mil para a família de Luiz, a título de danos morais, e 20 dias-multa no valor correspondente a um terço do salário mínimo vigente na época dos fatos. A prisão preventiva foi mantida e ele não poderá recorrer em liberdade.
Bernardo Souza